domingo, 31 de outubro de 2010

O Vitória tenta resistir à queda na classificação

A falta de rede balançando preocupa torcedores do Vitória

Leticia Rocha


No último jogo entre Goiás e Vitória, no estádio Serra Dourada, em Goiás, o resultado foi 1X0, para o Goiás. O resultado embolou ainda mais o bloco de baixo na tabela do Campeonato Brasileiro. O time não caiu na classificação, mas ficou mais perto da zona do rebaixamento.

Na volta para Salvador preocupação da equipe com a possível revolta dos torcedores. Não deu outra: o policiamento foi reforçado sobre o time do Vitória, porém não houve confusão e poucos torcedores apareceram no aeroporto.

Na mala os jogadores trouxeram a quinta derrota consecutiva. O Goiás foi a 28 pontos, ainda dentro da zona de rebaixamento, colando no Atlético-MG, Atlético-GO, Avaí e no próprio Vitória, que permaneceu com 31. 

“O torcedor não aguenta mais essa vergonha, jogadores que estão com o salário em dia e não sabe o que é chegar a campo e vencer”, reclama o torcedor Carlos Oliveira.

Cercados por seguranças o treinador Antônio Lopes não falou com a imprensa. 

E novamente com o tropeço, dessa vez diante do Goiás, mesmo sofrendo com o sol quente o Vitória foi quem criou mais oportunidades de gol. Ricardo Conceição pelo menos teve duas delas mesmo assim o jejum de gols persistiu e rendeu quatro jogos sem balançar as redes dos adversários. 

“No momento desses é chato você pedir, mas a gente precisa da ajuda de todo mundo a gente não pode ficar tanto tempo sem fazer um gol e sem vencer uma partida”, afirma Ramon Menezes, meia do Vitória.

O técnico Antônio Lopes teve seis dias de trabalho pra tentar corrigir os problemas do time. Com a necessidade de vencer sobre o Grêmio prudente o Vitória finalmente conseguiu a tão esperada vitória de 2x0 em casa. 

Para o seu primeiro jogo à beira do gramado, no comando do Vitória, Antônio Lopes contou com a volta de cinco jogadores do elenco rubro-negro. Ausentes no último jogo, contra o Goiás, cumprindo suspensão do terceiro cartão amarelo, o lateral-direito Jonas e o zagueiro Wallace estiveram à disposição do técnico, assim como Viáfara, Vanderson, e Nino recuperados de contusões.

O Vitória folgou no meio da semana e só voltou a jogar no domingo no Barradão contra o lanterna Grêmio prudente. E com a quebra do jejum contra o Grêmio prudente, o time ficou cada vez, mas longe da zona de rebaixamento só dois pontos separou o rubro-negro do Atlético-Go.

Cinema itinerante em Salvador pretende levar 20 milhões de espectadores ate o fim de outubro.

 3 mil pessoas em media, assistem os filmes tridimensionais todos os dias.

Rangel Querino


Estrutura inflável do evento não agride a natureza.

Durante o mês de outubro acontece no estacionamento do Shopping Paralela, em Salvador, o evento Cinerama 180º, um cinema itinerante armado em uma estrutura inflável que lembra muito a lona de um circo semi-circunferêncial. Com comprimento de 15x16 metros e capacidade para até 150 pessoas em pé, são exibidos filmes de curta metragem projetados por uma tela tridimensional que causa aos espectadores, a impressão de participação no filme.

A estrutura é implantada para não agredir a natureza de nenhuma forma tanto no solo quanto em relação à poluição sonora. Cada sessão tem em torno dez minutos de duração, que é exibida a cada meia hora. Segundo José Ailton Ávila, empresário e um dos responsáveis pelo projeto, o espetáculo recebe em média três mil pessoas durante todo dia. “Nos finais de semana e feriados é quando temos o maior número de público. Por dia recebemos em media três mil pessoas. Até o final do evento em Salvador, esperamos fechar com um público de 20 milhões de pessoas.”, contabiliza Ávila.



Imagens projetadas na tela tridimensional dão impressão ao espectador de estar participando do filme.

Ele ainda explica como o evento chegou ao Brasil. “A técnica (do cinerama) foi criada nos Estados Unidos na década de 80 e trouxemos para o Brasil em 1991, e já percorremos por 22 estados do país”, Conta Ávila. O grupo que é independente (não existe empresa nem patrocínio) se originou na cidade de Araxá em Minas Gerais e já passou por 300 cidades de todo o país, esse ano já esteve em Belo Horizonte e Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, apresentando o espetáculo cinematográfico que exibe na tela tridimensional através de um filme em película de 170 mm, os curtas metragens: “Voo Fantástico”, “Aventuras em 180 graus” e “Voo 747” que entre outras cenas mostram sobrevôo em cidades como Florida e Rio de Janeiro e locais como montanhas russas e o Grande Cânion. Apesar de ter censura livre, Ávila alerta que para crianças menores de seis anos só tem acesso ao evento com os pais e/ou responsáveis. “Crianças menores de seis anos podem se assustar com as cenas, então só deixamos entrar na companhia ou autorização dos pais”.


Projetor onde são rodadas as cenas do filme.
De acordo com a assistente comercial do Shopping, Larissa Oliveira de 28 anos, o interesse do shopping é satisfazer o seu público "A nossa maior preocupação é aumentar as opções de lazer e entretenimento da cidade e para pessoas de todas as idades.", afirma Oliveira que ainda aponta as vantagens que o estabelecimento tem ao ceder espaço para eventos como esse "Aumentamos nosso público atraindo pessoas de todos os lugares, trazendo entretenimento para o shopping com a intenção de aumentar nosso fluxo."

O espetáculo vem agradando os espectadores soteropolitanos a estudante de enfermagem Rita de Cássia Santana aprovou tanto o projeto que em sua opinião, o projeto deveria ser fixo na cidade. “Deveria ter um Cinerama sempre aqui em Salvador é muito divertido. Me senti numa verdadeira montanha russa, mas sem sair do lugar. (risos)”. Para Francisco Freire, que já havia assistido ao espetáculo antes, ressalva que o mesmo precisa de uma reciclagem “Acho que deveriam trocar os filmes que são sempre os mesmos e são muito antigos”, Analisa.

O Cinerama 180º estará no estacionamento do Shopping Paralela, em Salvador até o dia 31 de outubro de segunda á sábado das 16h ás 22h e aos domingos das 16h ás 21h. A entrada custa R$ 5,00.

UNIJORGE recebe em média 90 vagas de estágio por curso diariamente.


Cursos de Administração, Educação Física e comunicação social lideram o ranking de ofertas.

 Rangel Querino


Arawalis Iracema Cardoso, assistente administrativa do “Carreiras UNIJORGE”

Todos os dias Arawali Iracema Cardoso Diaz, 32 anos, assistente administrativo do centro de estágios e do programa “Carreiras UNIJORGE” do centro universitário Jorge Amado (UNIJORGE) no Campus localizado na Avenida Paralela, em Salvador na Bahia, recebe em sua caixa de e-mail várias vagas de estágio, que são oferecidas aos alunos da unidade de ensino. Alguns cursos chegam á mais de 90 ofertas por dia, um aumento em torno de 10% em relação ao primeiro semestre deste ano. “Só destacando CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) e IEL (Instituto Euvaldo Lodi), que são os agentes maiores. De peso. Que nós somos parceiros aqui, e temos um posto, por exemplo, só na ultima quinta feira (30 de setembro de 2010), só em administração, eu recebi 96 (noventa e seis) vagas do IEL. Do CIEE eu recebi 94 (noventa e quatro)”. Afirma Arawali, que complementa que o curso citado a cima, geralmente fica no topo do ranking seguido de Educação Física e Comunicação Social. “Comunicação Social fica geralmente em terceiro lugar. O número maior de vagas chegam pra Administração e Educação Física.”

 O motivo apontado por ela para o aumento das ofertas de estágio é o fim da crise econômica (que afetou inúmeros países do mundo inclusive o Brasil em 2008) e o melhor entendimento da nova lei de estágio que vigora á 2 (dois) anos no país. “Agora depois da crise o próprio mercado abriu portas, a situação se regularizou... e as empresas também tendo o conhecimento da lei, sabendo que se tem que cumprir, elas (as empresas) abriram mais oportunidades”. Opina.

Ainda sobre a nova lei, Arawali aponta que com o advento da mesma, os estagiários foram beneficiados com os direitos. “Antigamente não se tinha a pesquisa do que o aluno fazia no projeto pedagógico dele, não tinha fiscalização e hoje ele só pode estar fazendo o que o projeto pedagógico pede, ou seja, não pode desviar”. A assistente comenta ainda o papel que a instituição de ensino deve ter junto a concedente “A própria instituição de ensino, ela tem que “tá” fazendo uma visita nas empresas e realmente vendo se aquilo que “tá” no contrato, “tá” sendo cumprido...a fiscalização ainda não é feita, não só pela instituição de ensino, mas pelo ministério do trabalho. Então a lei de estágio agora de 2008, ela (concedente) corre o risco de ser multada...então se não tiver de acordo com o que tem na lei, ela fica dois anos impedida de receber funcionário e de imediato o contrato do estagiário, ele é suspenso”. Informa

Para Cristina Reis Sanches de 43 anos, professora do curso de Administração da UNIJORGE, o motivo para o qual o curso esteja no topo dos mais procurados pelas empresas por estagiários na unidade é a flexibilidade que o profissional que está se formado adquire nos estudos. “É um curso muito versátil. Ele atinge diversas esferas do mercado profissional desde a parte financeira, a parte de gestão, a parte operacional. Então, o aluno fica capacitado á trabalhar em diversas frentes de atuação em qualquer tipo de empresa. Não é “atoa” que é um curso tão procurado”. Diz

 Já Patrícia Barros de Moraes, coordenadora dos cursos de comunicação social e produção audiovisual, acredita que existe um diferencial dos alunos da universidade em relação às outras instituições, pois a unidade se preocupa com um método de ensino que seja eficaz. “Existe um foco. uma relação muito grande entre a teoria e a prática, o que dá aos alunos muito mais velocidade, muito mais agilidade para se adequar as necessidades do mercado”. E pontua que muitas das vezes os atuais alunos servem como referência dos antigos, que já estão inseridos no mercado de trabalho. “Muitas vezes os alunos que estão estagiando se formam, são contratados e indicam os alunos daqui como estagiários, esse ciclo tem sido muito comum.”


Sobre o “Carreiras UNIJORGE”

Criado em 04 de agosto de 2008, o programa “Carreiras UNIJORGE” é um centro de desenvolvimento e articulação profissional que tem como principal foco a inserção do mercado de trabalho dos estudantes do centro universitário Jorge Amado. Onde são oferecidos treinamentos, oficinas de língua, convocação de empresas que procura um determinado perfil profissional, até vagas de emprego. Entre demais informações como o recebimento de orientações sobre os direitos assegurados pela atual lei de estágio. É no Carreiras que também é feito todo o processo em relação a documentação dos estudantes e das empresas e que os alunos tem acesso as novas vagas que chegam todos os dias que são divulgados no site (http://www.jorgeamado.edu.br/carreiras/index.html) ou nos murais espalhados por toda a instituição.


IBGE: Índice de reciclagem de latinhas de alumínio supera os 90%

 Latinhas de alumínio supera índices de outros produtos recicláveis, e torna-se o material mais reciclado no País

Marcos W. Oliveira
As latinhas de alumínio são o material mais reciclado no País. O índice de reciclagem deste tipo de produto superou os 90%. Segundo dados da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável de 2010, divulgada neste mês de outubro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - IBGE.

O histórico da pesquisa confirma valores acima de 90% nos últimos cinco anos. Em 2008, os dados revelam uma média de 91,5%, um porcentual considerado elevado mesmo comparado a outros países que apresentam índices altos, como Argentina e Japão, com 90,8% e 87,3%, respectivamente. E neste mesmo ano, somente a etapa de coleta (a compra das latas usadas) movimentou R$ 1,6 bilhões na economia nacional, volume financeiro equivalente ao de empresas que estão entre as maiores do país.

De maneira geral, o índice de reciclagem de quase todos os materiais cresce a cada ano no Brasil, mas o índice das latinhas de alumínio supera qualquer outro. Em 2004, o porcentual considerado era de 95,7%, desde então o índice do produto não ficou mais abaixo dos 90%, aumentando para 96,2% em 2005, e logo após tendo 94,4% em 2006 e, em 2007, de 96,5%, considerado o maior índice obtido.

Para Thiago Ferreira, economista e analista de pesquisa, o elevado índice de reciclagem de latinhas está associado aos níveis de desemprego e pobreza no Brasil, pois, a sucata de alumínio possui alto valor de mercado, tendo em vista o custo elevado de energia para a produção do alumínio metálico. E, nesse contexto, torna-se mais rentável a sua reutilização, a ponto de configurar uma preferência pelo produto por catadores de lixo. "No caso do Brasil, os altos níveis de reciclagem estão mais associados ao valor das matérias-primas e aos altos níveis de pobreza e desemprego do que à educação e à conscientização ambiental. É por conta disto que o papel, o vidro, a resina PET, as latas de aço, e as embalagens cartonadas, de mais baixo valor de mercado, apresentam índices de reciclagem bem menores que as latas de alumínio", explicou.

O estabelecimento, pelo governo federal, de preços mínimos para os materiais recicláveis, deve elevar a proporção de materiais reciclados no Brasil, e, "O aumento nos preços das matérias-primas e da energia, associado a legislações municipal, estadual e federal cada vez mais exigentes em termos ambientais, devem fazer com que os índices de reciclagem de todos os materiais mantenham a tendência de crescimento no longo prazo" afirmou Thiago Ferreira. 

Além dos benefícios ambientais, a reciclagem de materiais é uma oportunidade de negócios, atividade geradora de emprego e renda, e subsidia estratégias de conscientização da população para o tema ambiental e a promoção do uso eficiente dos recursos. "As atividades de reciclagem apresentam importantes implicações econômicas, reduzindo tanto o uso de materiais quanto de energia, promovendo o aumento da eficiência energética de vários setores industriais, isto é, é a importância econômica da reciclagem que explica o contínuo aumento no consumo de quase todos os materiais reciclados" disse o economista. 

Para alguns catadores de lixo, que utilizam a reciclagem como atividade rentável, a latinha ainda é o produto mais lucrativo na hora da venda aos postos. Maria Tomazia Santos, catadora há 4 anos, assume sua preferência pelo material, "eu prefiro catar lata, porque eu ganho hoje, mais ou menos, R$3,50 por quilo. Melhor do que catar outras coisas. O papelão mesmo, às vezes, a gente ganha só R$ 0,15, então é perca de tempo e dinheiro vender outros materiais", explica Maria, que ainda refere-se a reciclagem de latinhas como um recurso para muitos que estão desempregados. "Eu começei a catar latas quando fiquei desempregada, e essa foi a forma que eu consegui de sustentar a casa. Meu marido também estava sem emprego. Montei um grupo com a minha filha e meu marido e hoje eu posso dizer que vivo disso", revelou.

Maria vende todo material coletado ao posto RR Sucata, situado no mesmo bairro em que mora, Pirajá, na cidade de Salvador. O posto recebe latinhas de alumínio, embalagens PET, vidro e papelão. A responsável pelo RR Sucata, Adriana Conceição, parece concordar com Maria, pois, afirma que a preferência pela latinha de alumínio é praticamente unânime entre os catadores, "a maioria das pessoas que vende material aqui traz mais latinha de alumínio. Algumas pessoas nem catam outras coisas", disse.

Nos postos de compra, a latinha chega em quantidade muito maior que qualquer outro material, e a diferença é bastante relevante, segundo Adriana, "o posto recebe em média 50kg de latas de alumínio por dia, depois o que a gente mais recebe é a garrafa PET, que fica entre 10kg e 15kg", afirmou.

A diferença nos preços é grande. O valor oferecido pelos postos ao catador, por quilos de latinhas, é de R$ 2,50 em média, papelão oferecem R$0,15 por quilo, embalagem PET R$0,30, e, R$0,20 por quilo do vidro. O posto RR sucata comprova os valores, "o quilo da latinha é R$2,60, o papelão é R$0,15, a garrafa PET R$0,35", disse Adriana Conceição.

A oscilação nos preços estabelecidos por cada posto deve-se a não formalização da profissão de catador de lixo. A média de valores é estabelecida pela demanda do mercado.

Na pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável de 2010, os índices de reciclagem relacionados a outros tipos de material, excluindo as latas de alumínio, não superaram os 60%. Em 2008, o segundo maior índice de reciclagem ficou com as embalagens Pet, com 54,8%. Na sequência aparecem o vidro (47,0%), as latas de aço (46,5%) e o papel (43,7%).