segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Seminário discutiu direito desportivo e copa do mundo

Juliana Caldas

Participantes trataram de assuntos da copa de 2014 e mudanças no estatuto do torcedor


O IDDBA (Instituto de Direito Desportivo da Bahia) promoveu de 14 a 16 de outubro desse mês o II Seminário Nacional Futebol e Justiça Desportiva. O evento, pela segunda vez realizado na capital baiana, aconteceu no Hotel Fiesta e teve esse ano o tema “Novos tempos pra o esporte brasileiro”. A principal proposta era discutir questões referentes aos eventos esportivos que ocorrerão no Brasil nessa década: Copa do mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016.

Durante os três dias foram discutidos temas acerca do universo esportivo, bem como mudanças no Estatuto do torcedor e o novo Código de Justiça Desportiva. A copa foi outro assunto central, discutiu-se os legados que o maior evento de futebol do mundo irá deixar, bem como os aspectos jurídicos acerca do tema. Para o presidente do Instituto, Milton Jordão, é a oportunidade que Salvador tem de mostrar que também é uma capital em que se discute esporte.
O evento, aberto aos sócios do IDDBA, membros de órgão desportivo e estudantes, teve em sua última edição cerca de 300 a 350 participantes, e esse ano o presidente esperava um público parecido. É um público qualificado, e não parece meta do evento atrair um maior número, como explica Jordão. “É uma proposta de aprofundar e transformar aquele espaço do Hotel Fiesta em um espaço de Network” pontua.



(imagem cedida por Milton Jordão)
Milton Jordão, presidente do IDDBA


O presidente aponta os principais destaques entre os palestrantes: Rodrigo Cintra, Gestor de projetos do Escritório da Copa do Mundo; Ney Campello, Secretário da Secretaria Extraordinária para Assunto da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 – SECOPA; Roberto Vasconcelos, Procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva – STJD; Paulo Bracks, Vice-presidente do Instituto Mineiro de Direito Desportivo; Álvaro Falcón, Advogado Uruguaio, sócio do escritório D&C – Deporte y Cultura, que palestrou sobre a Autonomia do direito esportivo; e Airton Ferreira (Secretário da Reparação em Salvador), esse último para discutir a integração esportiva do negro. Foi designado um espaço especial com dois painéis para se discutir o estatuto do torcedor, e ficou a cargo do Professor Gustavo Sousa discutir a segurança nos estádios. O Seminário começou no dia 14 de outubro, quinta-feira, às 18:30h com uma abertura solene, e foi encerrado no sábado, 16 de outubro. Mais informações sobre as palestras e discussões do evento no site www.futebolejustica.com.br, ou no portal do IDDBA www.iddba.com.br.

DJs transformaram o teatro Vila Velha numa arena de música e dança

Juliana Caldas

O teatro recebeu DJs, muita música e dança, esse fim de semana.
O teatro Vila Velha, em Salvador, se transformou em uma grande arena de dança e discotecagem. É Baile Esquema Novo, que mais uma vez chegou ao Vila no último sábado, 16 de outubro, levando samba, rock, pop, funk, forró, frevo e todos os demais ritmos brasileiros. A primeira festa do projeto foi realizada em 2007, na Boomerangue em Salvador, sendo já três anos completos. Dessa vez, além dos DJs residentes e também produtores do evento, El Cabong e Camilo Froes, tiveram como DJ convidado o músico Letieres Leite, maestro, arranjador e saxofonista, criador da Orquestra Rumpilezz.

"É um espaço que não costuma receber festas, é um dos teatros mais importantes e conceituados do estado com uma historia longa com a cultura e fisicamente é um ambiente propício pra festa, espaçoso e ao mesmo tempo aconchegante”, diz um dos produtores do evento, Luciano Matos (El Cabong), que também éJornalista, blogueiro e DJ. Para Camilo Froes, DJ e produtor, a festa é muito mais trabalhosa por ser no teatro, mas ela é igualmente positiva. “É ótimo que aconteça num lugar que carrega uma carga cultural tão diversa e positiva quanto o Vila Velha. Isso é muito bom pra gente. Também é excelente para o teatro que tenha todo um público que não freqüenta teatro ou dança se familiarizando com o espaço através do Baile”, explica. Uma oportunidade do teatro atrair novos públicos, de diferentes idades e classes sociais. “Não temos um público-alvo definido. Escolhemos muito mais o público que não queremos do que os que a gente quer. Mas ainda assim, os esforços são em vão. Aparece de tudo”, completa Froes.

Já participaram do baile DJs de diversas partes do país, como Bandido (BA), Lucio K. (RJ), Mauro Telefunksoul (BA) e Sany Pitbull (RJ). Não DJs, como a atriz Regina Casé e a cantora e violinista Márcia Castro também já comandaram as pick-ups.

Vila de todas as artes

O Teatro Vila Velha tem 46 anos e é um dos mais antigos e tradicionais teatros de Salvador. Fundado em julho de 1964 por ex-alunos da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBa), que integraram a Companhia Teatro dos Novos. Foi o primeiro teatro independente da Bahia, numa época em que quase não existiam casas de espetáculos na cidade. Foi palco de exibições históricas como o show “Nós, por exemplo”, que projetou Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia e Tom Zé. O Show marcou a estréia dos cantores, hoje consagrados pela MPB, mas também o próprio teatro. Em todos esses anos de história, o Vila já consagrou grupos como o Bando de Teatro Olodum, criador da peça “Cabaré da RRRRRaça”, sucesso de público e crítica em todo o país.

Caixa Cultural expõe obras de Helio Lage

Laís Lopes

Acontece Caixa Cultural de Salvador a exposição da Mostra de charges, caricaturas e tiras de Hélio Lage, 40 anos de humor. A mostra estava prevista para ocorrer do dia 1° de setembro a 3 de outubro, mas será prolongada até dia 31 de outubro. As principais charges da mostra são as relacionadas ao falecido político Antônio Carlos Magalhães (ACM), a situações locais, nacionais e internacionais. Entre as caricaturas mais admiradas estão a do jogador Ronaldo e também de Pelé.
Grande parte dos trabalhos expostos pertence ao acervo da família do artista, e do jornal Tribuna da Bahia, veículo no qual Lage trabalhou por quase toda a sua vida. O artista, que faleceu em novembro de 2006, ficou conhecido por retratar fatos do cotidiano da vida brasileira de forma apimentada e polêmica.

A idealização da mostra foi do cartunista baiano Nildão, grande amigo de Lage, “que admirava a generosidade do artista”, como declarou Ettiene Bosetto, mediadora do projeto. A exposição contou com cerca de 276 pessoas em seu primeiro dia.
Segundo a mediadora do evento, Ettienne Bosetto, a mostra valorizou bastante o trabalho de Lage, além de chamar atenção dos cartunistas baianos.
Já para o mediador do evento, Diego J. Cardoso, a mostra é uma forma coerente com uma política regional e nacional. “Através das obras as pessoas tem contato com a política e isso incentiva o debate”.
O visitante do evento, Jacob Nascimento, designer gráfico, achou legal ter visto o trabalho. “Ele é o mestre no humor e é muito inteligente no fazer da piada. Sem nenhum esforço faz o humor.”





Biografia do chargista

Hélio Roberto Lage nasceu em Salvador, em 16 de Setembro de 1946, era arquiteto, mas revelou seu talento através do ofício de chargista e cartunista
Lage foi um dos criadores e editores de publicações como o suplemento de humor A Coisa, do jornal Tribuna da Bahia e o jornal independente Coisa Nostra, ambos publicados na década de 1970.

O artista possui trabalhos premiados dentro e fora do país sendo que, em 1984, um de seus trabalhos foi premiado no Salão de Humor de Stuttgart, na Alemanha, e nos anos de 1971 e 1973 dois de seus cartuns foram premiados no Salão de Humor Mackenzie, em São Paulo.
Entre os anos de 1976 e 1980, Lage foi editor de arte da Revista Viverbahia.

Em 1987 foi um dos responsáveis, pela inauguração da Galeria do Humor, na Boca do Rio, mais tarde a dupla lançaria a Revista Pau-de-sebo, publicação do início dos anos 1990.
Em 2003, produziu a série de Ditados Populares da Bahia, em que seu traço  ilustrava pérolas como “Tá pensando que beiço de jegue é arroz doce?” e “Baiano não nasce, estréia!”.
Lage é também autor de ilustrações de uma das mais famosas publicações do mercado editorial baiano: o Dicionário de Baianês, ilustrado pelo artista, a pedido do amigo e autor da obra, Nivaldo Lariú.

Artistas como o escritor Ruy Espinheira Filho considera Lage como grande artista e grande ser humano. “Sua morte precoce deixou muito mais pobre a Bahia. Sempre sentirei falta dele, que diariamente nos iluminava com seu espírito brilhante”, declarou o escritor no site oficial da exposição.

Bahia! Bahia é minha vida, meu orgulho e meu amor!

Laís Lopes

Bahia quebra jejum de jogos em casa

O jogo entre Guaratinguetá e Bahia, que aconteceu no estádio de Pituaçu no dia 9 de outubro, foi uma lição para o time baiano. O Bahia jogou para a torcida e a animação dela serviu para incentivar a equipe em campo.

Em entrevista no Fazendão, local de concentração e treinos do Bahia, alguns jogadores falaram sobre suas expectativas para o jogo do sábado: “Os treinos as semana foram puxados, houve muita exigência nos exercícios físicos”, contou Ananias, meio- campo do tricolor.

“O técnico exigiu muito empenho da equipe, a nossa expectativa para o jogo deste sábado é a melhor possível, queremos a vitória! A torcida tem muita influência para se obter um resultado positivo e contamos com ela”, relatou empolgado Vander Luis, meio-campo do Bahia.

Já o técnico Márcio Araújo diz ter um time diferente dos outros e afirma:

“Seremos um time ofensivo. Tem sido muito legal essa troca de informação entre torcedores, às vezes de longe eles dizem: “Vamos pôr o Bahia pra ganhar.”, o pessoal tem sido muito bacana conosco, não houve nenhum time de respeito não. Em casa os times de massa passam por esse fenômeno de paixão, de amor e tem que ser assim mesmo, precisa ganhar precisa subir, é time grande!

Para Mário Araújo, a torcida vai perceber que deu certo quando o time subir para a primeira divisão. Aos oito minutos do primeiro tempo, Adriano recebeu passe de Morais e abriu o placar para o tricolor baiano. Aos dois minutos do segundo tempo Ávine é derrubado, Morais bate pênalti e marca.

Aos trinta e cinco minutos Nen dá carrinho perigoso na área e o árbitro marca pênalti, Fernando pega o chute de Guarú, mas no rebote o placar diminui.

O jogo termina em 2X1 para o Bahia e assim o tricolor faz as pazes com Pituaçu e abre cinco pontos de vantagem para o Sport. Para centenas de jogadores orgulhosos com a vitória do time, o Bahia não briga apenas para subir, o Bahia briga pelo título. E repetem maravilhados: “Vamos subir Esquadrão”
 


Márcio Araújo (técnico do Bahia)